De Viseu subimos
pela Serra da Estrela, onde fica o ponto mais alto de Portugal continental, com
1.993m de altitude. A paisagem que encontramos modifica-se totalmente no
inverno, ficando coberta de neve. Se o Porto tem o vinho, a Estrela tem o queijo. Cremoso, gostoso,
famoso. Paramos numa loja com artesanatos e queijos, claro!
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Meu modesto montinho de pedras e o teleférico ao fundo |
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O mesmo local clicado por mim, aqui todo branco no inverno (foto da internet) | | | | |
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Alugam-se trenós |
Em frente à loja há
um canil onde criam e vendem filhotes do cão típico da região: o cão da Serra da Estrela. Mais interessada nos peludos de quatro patas do que
no queijo (afinal, com a jornada que tinha pela frente, impossível pensar em
levar algum na mala), tentei socializar com um dos cachorros. Meio arisco,
depois se chegou e até aceitou carinho. Muito dócil.
Depois de degustar o
queijo, empilhar algumas pedras (como em São Tomé das Letras-MG), admirar e
sentir a paisagem e curtir o friozinho da serra, começamos a descida, que é
adrenalina pura. Nosso motorista pôde comprovar habilidade que já havia
demonstrado nas ladeiras estreitas de cidades históricas. Segui a estratégia
que usei na arrepiante subida/descida de Machu Picchu, no Peru. Abstrair,
pensar na paisagem e no momento especial que é estar num lugar desconhecido,
belo e com surpresas a cada curva. E esquecer os precipícios.
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As estacas servem de orientação para quem transita nas estradas no inverno. |
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A Virgem da Serra da Estrela |
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Altitude 1.400 metros |
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Surpresas da Serra |
Seguindo a excursão,
paramos em Castelo Branco,
na fronteira com a Espanha, para almoçar. O local de parada não era
propriamente charmoso, mas foi bastante providencial: Forum
Castelo Branco, um shopping center. Mas a cidade não ficou
na lembrança por isso, e sim pelo belíssimo Jardim do Paço Episcopal, considerado um dos mais lindos de Portugal. Nosso
roteiro não incluía outros passeios pela cidade, que, da janela do ônibus, me
pareceu bem bonita.
Um detalhe curioso
do jardim: junto aos reis de Portugal, há estátuas em tamanho bem menor.
Representam os reis espanhóis que governaram o país entre 1580 e 1640. Um jeito
sutil de “se vingar” dos dominadores.
E vamos em frente,
para nosso último destino: a histórica Évora, capital do Alto Alentejo. Mais um
Patrimônio Mundial pela UNESCO em terras lusitanas. Na chegada à cidade, ao
final do dia, já ficamos com a curiosidade aguçada para saber o que as muralhas
escondem.
O grupinho mais
animado e sociável da excursão topou jantar no Centro Histórico, a alguns
quilômetros do nosso hotel. Fizemos nossa primeira incursão dentro das muralhas.
Comemos uma boa massa no Pane & Vino,
um lugar bem aconchegante.
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Pane & Vino no fundo da viela |
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Interior do restaurante. Adivinhe onde está a senha do wi-fi. | | |
Na manhã seguinte, o
tradicional tour pelo Centro Histórico, a cidade dentro das muralhas. São
muitas ruelas, becos, restaurantes, bares, cafés, lojas de souvenirs.
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Modernidades na cidade histórica |
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Basílica Sé N.Sra. da Assunção |
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Loja de souvenirs |
Visitamos a Igreja
de São Francisco e a incomum Capela dos Ossos.
Macabra, mas bem interessante e até bonita.
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Órgão do século XVIII |
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Capela dos Ossos |
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"Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos" |
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Altar da Capela dos Ossos | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |
De um terraço da Igreja, que estava
tomado por turistas alemães, tem-se uma uma bela vista da cidade.
Évora é encantadora
e muito fotogênica. Só lamentei não poder admirar plenamente o Templo Romano de
Diana. A relíquia estava em processo de restauração por estar em situação
crítica, segundo nossa guia, devido à falta de noção de algumas pessoas que
sobem nas ruínas.
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Templo Romano de Diana sendo restaurado |
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Como é o Templo Romano (foto da internet) |
Deixamos Évora, a
134 km da capital, ainda pela manhã e, como vínhamos do Alentejo, para entrar
em Lisboa cruzamos a ponte Vasco da Gama (em Portugal, Vasco não é vice. Está
em todas!). Voltamos ao Vip Executive Art’s Hotel, defronte ao Parque das Nações.
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Ponte Vasco da Gama sobre o Rio Tejo. |
À noite fui com os
novos amigos paulistas, que queriam fazer umas compras, ao Centro Colombo. Um shopping
center imenso e bastante bonito, que vale a pena conhecer, mesmo para uma
pessoa como eu, avessa a esse tipo de programa.
E essa excursão
chegou ao fim. Última noite na Lisboa do século XXI. No dia seguinte mudei para
o Hotel Fenix Urban,
em outra região da cidade. Agora, uma semana seguindo - ou tentando seguir -
meu roteiro personalizado, antes de rumar para o norte da Europa.