Luis Fabiano encarnou a raça, a coragem, a ginga e fez um gol que certamente será lembrado como um dos mais lindos das Copas.
A TV Brasil, a prima pobre das TVs, que não tem cidade cenográfica nem estrelas que disputem capa de revistas de fofocas, tem uma programação que dá banho nas outras emissoras abertas, e até mesmo em muito do que se vê nas a cabo.
O que uma coisa tem a ver com a outra? Pois esta semana a TV Brasil exibiu mais um capítulo do documentário “1958 – o ano em que o mundo descobriu o Brasil”. E o doc bate um bolão. Tem depoimentos e imagens emocionantes. Me tocou particularmente a admiração e mais ainda o respeito dos craques gringos - ingleses, galeses, russos, alguns hermanos - sobre a seleção campeã de 1958, na Suécia.
Olhando aqueles senhores pode-se perceber que por trás daqueles olhos septuagenários desfilam imagens de um tempo em que a beleza do futebol estava mais nos pés dos jogadores do que nas telas turbinadas das TVS, com seus closes e super slow. Suas palavras em língua estrangeira reverenciam artistas que pintaram nos campos de futebol cenas de grande beleza estética e rara habilidade.
Luis Fabiano, como o resto do time, não joga no Brasil. Mas joga no Sevilla... a linda cidade da Andaluzia, onde estive em 2007, que tem no ar a vibração do flamenco. Obrigada, Luis Fabiano, por nos dar num lampejo aquele brilho de um futebol ousado, musicado e, por que não, elegante.
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