quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sala Escura: HISTÓRIAS DE AMOR DURAM APENAS 90 MINUTOS

HISTÓRIAS DE AMOR... começa com todo o gás, tem diálogos ótimos e Caio Blat e Maria Ribeiro convencem em seus papéis. O primeiro longa de Paulo Halm (roteirista parceiro da diretora Sandra Werneck em excelentes trabalhos como Pequeno Dicionário Amoroso, Amores Possíveis e o recente Sonhos Roubados) coloca numa vitrine uma juventude contemporânea, com seu descompromisso, seu jeito meio vai-levando de encarar a vida. E suas inseguranças e inabilidade para concretizar seus projetos. Zeca (Caio Blat) não consegue levar adiante seu livro – apesar do apoio da mulher e do pai – e ainda se envolve com uma amiga dela (Luz Cipriota, que soa meio caricatural no seu papel de garota descolada e mais parece parte da paisagem da Lapa).

Mas o filme não segura a onda, não mantém a qualidade, o pique, do meio pra frente. Quando o espectador já está cativado, ele se perde, ficando repetitivo e previsível. Ponto positivo: é cinema brasileiro sem aquela cara de novela da Globo. O melhor do filme está nos diálogos do protagonista com seu amargurado mas antenado pai (Daniel Dantas, excelente) e a gente fica achando que aquela história poderia ter durado menos do que os 90 minutos de projeção do filme.

HISTÓRIAS DE AMOR DURAM APENAS 90 MINUTOS
Direção: Paulo Halm
Brasil, 2010
Duração: 93min – 16 anos

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