Assisti esta semana, na TV BRASIL (a tv pública, canal 2, no Rio de Janeiro) a trechos de um programa que, se veiculado numa emissora comercial – que investe pesado no marketing - certamente agradaria a muita gente. Mas as grandes emissoras estão ocupadas com outras coisas...
Bem, tratava-se de um documentário, creio eu, de Silvio Tendler sobre imprensa e censura: Preto no branco, a censura antes da imprensa. Recorri ao velho (nem tão velho) e bom Google para saber mais detalhes, mas... nada! Nem no site da Caliban, produtora do Silvio Tendler ou no da TV Brasil achei informações sobre o programa. Nele, Alberto Dines, jornalista, a historiadora Isabel Lustosa, entre outros, revelam fatos muito interessantes a cerca dos primórdios da imprensa no Brasil, ao se debruçarem sobre a vida de Hipolito da Costa, considerado o pai do jornalismo brasileiro. São páginas da história da imprensa, da liberdade de expressão, de perseguições da Inquisição, de nosso país enfim.
Nascido na colônia de Sacramento (Uruguai) em 1774, Hipólito teve uma vida, digamos, bastante movimentada. Esteve nos EUA, onde ficou impressionado com a democracia e a liberdade de expressão que ali floresciam, ao contrário do regime autoritário imposto por Portugal ao Brasil, onde a tipografias não eram permitidas. Daí o título do documentário: a censura no Brasil já existia antes mesmo de termos uma imprensa. Hipólito foi perseguido por ter aderido à Maçonaria e refugiou-se em Londres.
Um fato interessante de que tomei conhecimento é que, em Portugal, a primeira cidade a ter uma tipografia – novidade vinda da Alemanha, onde Gutemberg inventou a composição com tipos, permitindo imprimir/reproduzir textos e não apenas figuras, como já acontecia – foi na cidade de Faro, no Algarve. Judeus lá imprimiam cópias do Antigo Testamento. Estive em Faro em março de 2007 numa adorável viagem por Portugal. Entre as muitas cidades que conheci, Faro teve um sabor especial, algo que reunia história, passado, mas com frescor do presente. Me lembrou a região dos Lagos, mas organizada, limpa e com construções seculares que resistiram ao tempo. Numa viela, a figura de Che (e palavras sobre liberdade), na marina, barcos e iates particulares, o trem simples e pontual que nos leva de um extremo a outro daquela linda região ao sul de Portugal.
Saber que ali começou a imprensa em Portugal me faz gostar ainda mais daquela cidade de nome estranho, conquistada aos mouros, cercada de luz. Sem querer fazer trocadilhos infames, não posso deixar de associar o nome da cidade a um dom que um bom jornalista deve ter, para perceber o que os outros não veem, para enxergar além das simples aparências: faro.
Bem, tratava-se de um documentário, creio eu, de Silvio Tendler sobre imprensa e censura: Preto no branco, a censura antes da imprensa. Recorri ao velho (nem tão velho) e bom Google para saber mais detalhes, mas... nada! Nem no site da Caliban, produtora do Silvio Tendler ou no da TV Brasil achei informações sobre o programa. Nele, Alberto Dines, jornalista, a historiadora Isabel Lustosa, entre outros, revelam fatos muito interessantes a cerca dos primórdios da imprensa no Brasil, ao se debruçarem sobre a vida de Hipolito da Costa, considerado o pai do jornalismo brasileiro. São páginas da história da imprensa, da liberdade de expressão, de perseguições da Inquisição, de nosso país enfim.
Nascido na colônia de Sacramento (Uruguai) em 1774, Hipólito teve uma vida, digamos, bastante movimentada. Esteve nos EUA, onde ficou impressionado com a democracia e a liberdade de expressão que ali floresciam, ao contrário do regime autoritário imposto por Portugal ao Brasil, onde a tipografias não eram permitidas. Daí o título do documentário: a censura no Brasil já existia antes mesmo de termos uma imprensa. Hipólito foi perseguido por ter aderido à Maçonaria e refugiou-se em Londres.
Um fato interessante de que tomei conhecimento é que, em Portugal, a primeira cidade a ter uma tipografia – novidade vinda da Alemanha, onde Gutemberg inventou a composição com tipos, permitindo imprimir/reproduzir textos e não apenas figuras, como já acontecia – foi na cidade de Faro, no Algarve. Judeus lá imprimiam cópias do Antigo Testamento. Estive em Faro em março de 2007 numa adorável viagem por Portugal. Entre as muitas cidades que conheci, Faro teve um sabor especial, algo que reunia história, passado, mas com frescor do presente. Me lembrou a região dos Lagos, mas organizada, limpa e com construções seculares que resistiram ao tempo. Numa viela, a figura de Che (e palavras sobre liberdade), na marina, barcos e iates particulares, o trem simples e pontual que nos leva de um extremo a outro daquela linda região ao sul de Portugal.
Saber que ali começou a imprensa em Portugal me faz gostar ainda mais daquela cidade de nome estranho, conquistada aos mouros, cercada de luz. Sem querer fazer trocadilhos infames, não posso deixar de associar o nome da cidade a um dom que um bom jornalista deve ter, para perceber o que os outros não veem, para enxergar além das simples aparências: faro.
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