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Peças de rara beleza, uma explosão de criatividade. Cores, formas, materiais surpreendentes. Uma riqueza única. Isso é Bichinho.
A origem do nome não é muito clara, há diferentes versões, mas foi assim que ficou conhecido aquele pedacinho das Gerais, a sete quilômetros de Tiradentes e a 12 de Prados, município do qual é um distrito, desde 1938. O nome oficial é Vitoriano Veloso, inconfidente em cuja homenagem se ergue um monumento em frente à Igreja de N.S. da Penha de França, datada de 1732. O povoado, como outros na região, formou-se no inicio do sec. XVIII, com a descoberta de ouro, explorado à exaustão. Hoje, o ouro daquela gente não está nas minas, mas na sua capacidade criativa, seu respeito à natureza. E na sua simplicidade, que se mantém cativante, em harmonia com o orgulho que denotam por se saberem artistas de valor.
Há 17 anos, Tote (o outro nome de Antonio Carlos) saiu de Embu, São Paulo, e foi para Bichinho, possivelmente guiado por aquele sentimento de missão que acomete algumas pessoas em determinados momentos de suas vidas. Lá, criou a Oficina de Agosto e desenvolveu um pólo de artesanato, agregando em torno de si o povo do local, artesãos que provavelmente não conheciam seu próprio potencial.
Chegar na Oficina de Agosto é como entrar num sonho. Numa
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Hoje há muitas oficinas de artesanato em Bichinho, inclusive artesãos autodidatas, que desenvolvem suas próprias criações. Encontramos também artistas plásticos com trabalhos mais sofisticados, ainda que usando técnicas e materiais também simples, como papel machê. Madeira de demolição, ferro, tecidos de algodão, lata, e materiais inusitados, como tampinhas de garrafa, vidro, tudo, enfim, pode virar arte aqui.
Comida boa também é arte e em Bichinho o viajante encontra mesa variada e farta no Tempero da Ângela. Sabor na medida, as travessas generosas sobre o fogão a lenha desafiam qualquer idéia de controlar o peso, as calorias. Goiabada com queijo é o tiro de misericórdia. E o cafezinho mineiro, ao final, claro!
Mas... tudo bem, as trilhas na mata da Serra de São José, as caminhadas para comprar ou apenas admirar o artesanato, compensam os pecados da gula. Com certeza, um lugar pra se voltar, e voltar, e voltar.
Para saber mais de Bichinho, Tiradentes e Prados, acesse:
http://www.tiradentesgerais.com.br/bichinho.htm
http://www.tiradentes.net/index.htm
VEJA TAMBÉM: http://www.casaecia.tur.br/ e http://www.tiradentesbrasil.com/
3 comentários:
Muito boa a matéria! Vc conseguiu retratar o "espírito" de Bichinho. bjs
Oi Teresa!!! Saudades... Eu só conheço Ouro Preto e Mariana, mas tenho uma loucura por Minas Gerais, tem cidades lindas e convidativas. Parabéns pela matéria.
Beijos.
Queridas Bia e Jana,
obrigada pelo carinho.
Minas é um trem danado de bão mesmo.
bjs.
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