segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

CANTAREIRA


O madeirame range, a água faz desenhos iluminados no casco das embarcações.


No Santos Dumont, um avião da TAM pousa, um da Gol decola. O da Varig taxia na pista.

As pessoas estão agitadas, ruidosas. As crianças, excitadas. Muitos viajam pela primeira vez e se surpreendem com as dimensões da barca, que oscila, começa a dar ré, manobra e aponta para Niterói.

Lévy-Strauss que me perdoe, mas, apesar da poluição, a Baía de Guanabara não é uma boca banguela.




Na ponte, serpente marinha, à distância, a lataria dos veículos brilha ao sol. Engarrafados.


A barca segue. Seu jeito de matrona pesada não tira sua beleza, ao deslizar suave sobre as águas prateadas. Que privilégio, ter um prazer assim tão ao alcance das mãos, dos olhos!

Travessia Rio-Niterói, 06/09/2008

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