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Garotos do time de futebol "Javalis Selvagens" presos na caverna por 18 dias. |
Alguma coisa está
fora de ordem quando uma caverna é mais segura do que um ninho.
Vinte meninos das
categorias de base de um dos maiores clubes de futebol do mundo, operando
cifras milionárias, são surpreendidos, enquanto dormiam, por um incêndio no
“alojamento” que deveria ser seu ninho.
Graças a todos os
deuses e deusas, os meninos
da caverna estão vivos (um mergulhador da Marinha tailandesa deu a vida por
eles). Voltarão a jogar futebol, como profissionais ou não.
Dez meninos do ninho
estão jogando noutro campo, talvez os campos do Senhor. Além de três feridos,
um ainda hospitalizado (Jhonata
Ventura). Outros salvaram o corpo, mas terão de carregar um trauma sabe-se
lá por quanto tempo, talvez uma vida toda. Sonhos e promessas de futuro
carbonizados.
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Alojamento do Ninho do Urubu após o incêndio. Sem alarmes, sem sistema de segurança, uma única porta, com barras nas janelas. |
E o calvário das famílias
se arrasta em negociações
onde valores são discutidos, como se já não tivessem sido subvertidos,
deformados, deturpados. Vida valendo pouco ou nada perante o capital.
Vendo as primeiras
imagens do incêndio na TV, ainda cedo, não se poderia imaginar que aquelas folhas
de metal retorcido fossem o teto de um local destinado a abrigar pessoas,
meninos. Um depósito, supunha o repórter que sobrevoava o local. E talvez seja este
mesmo o significado para dirigentes, empresários, insensíveis, gananciosos, ou
simplesmente negligentes. Um depósito de meninos-mercadoria.
Foto caverna: http://caiconarotadanoticia.com.br/drama-resgate-de-12-garotos-e-tecnico-de-time-de-futebol-presos-em-caverna-na-tailandia/
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