sábado, 3 de setembro de 2016

CRÔNICAS PERUANAS (6) – De Cusco a Puno, uma viagem na viagem – Parte II



Depois daquele momento fofura com menina colorida e alpaquinha, feliz por ter conseguido almoçar após dois dias de quase jejum, voltamos à estrada. Irma e seu pau de selfie não vieram comigo nesta etapa, ela tinha de voltar ao México. Mas conheci um casal de hermanos muy simpáticos: Cecilia (reikiana como eu) e Daniel, torcedor do Boca. 


Por volta de 13:30h chegamos ao ponto mais alto de nosso trajeto, onde Cusco e Puno se encontram: La Raya, 4.331 metros acima do nível do mar (e como está longe o mar!). A parada aqui é bem rapidinha, só mesmo para fotos, não vamos facilitar com a altitude. Captei ali algumas das imagens de que mais gostei. É um lugar que parece perdido no meio do mundo, as montanhas nevadas em volta fazendo contraste com as muitas cores do belo artesanato local.





 


Deslizando pela estrada de ferro, vemos o trem da Perurail que faz o mesmo percurso Cusco-Puno, mas sem paradas, três vezes por semana.















Seguimos para Pukará, que tem um pequenino, mas precioso museu, com peças muito interessantes e antiquíssimas. Nada de fotos aqui também.  
 














 







A bela igreja de pedra estava fechada, só consegui fotografar pelas grades. Mas, pelo que me informaram, funciona em ocasiões festivas. 




Os toritos de Pukará estão em toda parte. Em pequenas esculturas, ornamentam os telhados das casas, símbolos de proteção.


 


Começa a entardecer. Chegamos a Juliaca. Bem, o que se vê da janela do ônibus não é exatamente uma paisagem bonita. Na verdade, é tudo bem feio e triste, meio caótico, aquela cor de barro. A gente não sabe ao certo se a cidade está em obras ou se é assim mesmo. Os tuk-tuks circulam ligeiros pra lá e pra cá. 


Em Juliaca fica o aeroporto, se assim podemos chamar, que serve a Puno. Iria conhecê-lo daí a dois dias, na volta para Lima/Rio. Achei mais prudente não pensar muito no assunto.

Dia acabando, de uma curva na estrada avistamos Puno e o soberbo Titicaca ao pôr do sol. A fumaça ao longe, eu apurei depois, vem de queimadas que os locais fazem nas margens do lago.

Check-in no Hotel Sonesta, frio congelante lá fora. Mantive a dieta de mariolas e maçã, remedinho para enjoo e muita água. Cheguei a cogitar beber um Inca Kola, mas ao ler o rótulo desisti. À noite uma dor de cabeça mais forte. Estar a quase 4 mil metros de altitude realmente tem um preço, mesmo para quem não está ali para jogar futebol.
Enfim, o problema agora é decidir em qual das duas camas dormir. Lá do alto o torito de Pukará vigia meu sono.


Agora, descansar para a última aventura desta jornada peruana: navegar pelo Titikaka!



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