sábado, 9 de julho de 2011

Sala Escura: CORAÇÕES PERDIDOS



Jake Scott traz no sobrenome uma referência de peso: o pai, Ridley Scott, diretor de um dos ícones da filmografia do século XX, Blade Runner. Daí, era natural ir para a sessão de Corações Perdidos com a expectativa um tanto elevada. Mas o Scott filho não está a altura do pai, pelo menos por enquanto (não sei a idade do rapaz).

Seu filme não é propriamente ruim, principalmente pelas atuações sinceras de James Gandolfini, Melissa Leo e mesmo de Kristen Stewart, que não alcança a densidade da menina prostituta de Taxi Driver (vivida por uma adolescente Jodie Foster), mas em parte (só em parte) se redime de suas aventuras vampirescas da saga Crepúsculo.

Scott se estende para além da conta, tentando fazer render situações de menor importância, tentando dar um tom de naturalidade ao filme, mas que acaba esvaziando as tensões, as possibilidades de ir mais fundo nos personagens, explorar situações mais promissoras do que a rotina de limpar a casa ou comprar lingerie. É uma história clichê (dramas familiares, casal que sofre a morte de um filho) mas clichês não são necessariamente um problema, desde que trabalhados com competência, originalidade, sinceridade.

Para quem gostaria de saber mais sobre o filme, recomendo a crítica do site Omelete:
http://www.omelete.com.br/cinema/coracoes-perdidos-critica/


CORAÇÕES PERDIDOS
Welcome do the Rileys (EUA, 2009)
Direção: Jake Scott
Duração: 110 min
Classificação: 16 anos